sábado, 4 de dezembro de 2010

Efeitos

Quando certa situação ou acontecimento ocorre com razoável frequência sob determinadas circunstâncias, ou como consequência de certos fenômenos físicos, geralmente chamamos tal ocorrência de "Efeito (insira aqui o sobrenome do descobridor do efeito ou uma palavra intrigante que esteja de algum modo relacionada ao efeito)". E essa "estratégia de denominação" é bem acertada, pois sempre gera bastante curiosidade por parte de quem ouve a expressão pela primeira vez. E quando observamos um fenômeno interessante, sempre buscamos saber se há um nome específico desse tipo para ele, seja para sintetizarmos e agilizarmos a comunicação com quem já tem conhecimento do fato, seja para impressionar ou reter a atenção de um ignorante (não no sentido pejorativo da palavra; no sentido de desconhecedor, vocês entendem, né?).


Pois bem, é por causa da curiosidade gerada por estas expressões que resolvi juntar alguns desses "efeitos" e descrevê-los um pouco. Uns são mais famosos, outros nem tanto - mas nem por isso menos intrigantes. Uns são facilmante vistos no cotidiano, outros até ocorrem no dia-a-dia mas geralmente passam despercebidos, e há os que são exclusividade das aplicações e experimentos de certas áreas do conhecimento, como o Eletromagnetismo, por exemplo. Ok, chega de conversa e vamos à lista.


Efeito Estroboscópico

Este é o efeito visual que percebe-se nas rodas de um automóvel em movimento ou nas hélices de um helicóptero ou avião, por exemplo. Suponhamos de tu estejas observando a lateral de um carro que esteja indo da esquerda para a direita. Tu sabes que as rodas estarão, portanto, rotacionando no sentido horário. Mas se o carro estiver suficientemente rápido, tu terá a ilusão ótica de que as rodas estão girando lentamente no sentido oposto (no caso, sentido anti-horário), ou até mesmo paradas, dependendo do design das calotas e da velocidade do carro.

Isso acontece porque o olho humano tem uma "sensibilidade-limite" na detecção de movimento. Diz-se por aí que esse limite seria algo em torno de 25 "quadros" por segundo, no caso de estarmos assistindo televisão. Significa que mesmo que adicionemos cada vez mais do que 25 quadros num mesmo segundo na projeção de um programa de TV ou filme, não vamos perceber diferença na fluidez dos movimentos, já que só conseguimos captar até 25 quadros. Trocando em miúdos, há movimentos tão rápidos que o olho humano não consegue perceber.

Tendo isso em vista, o efeito "rotação inversa", presente nas rodas do carro, é devido à discrepância, ao desajustamento, digamos assim, entre a frequência de rotação das rodas e o limite máximo percebido pelos nossos olhos. É isso que gera a tal ilusão, pois como não conseguimos captar todas as posições da roda enquanto ela gira, acabamos captando posições que às vezes dão a "impressão" de que o movimento está ocorrendo no sentido oposto, ou então, como dito antes, de ausência de movimento.

Abaixo, neste vídeo postado pelo blog Xpock, pode-se conferir esse estranho efeito nas hélices de um avião:

Clique aqui para assistir mais dois vídeos.

Acabei de perceber que escrevi pra caramba só sobre o primeiro efeito. Então, já que o post ficaria imenso se eu colocasse todos de uma vez (e ninguém teria paciência de ler), resolvi dividir a matéria em várias partes. Aguardem que em breve atualizo com mais alguns. Té mais.

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