sexta-feira, 6 de março de 2009

Games memoráveis do Ps2: Ico - Parte 1

Não é sem tristeza que reconheço que a vida do console mais vendido da história dos video-games está chegando ao fim. Entretanto, o Playstation 2 será sempre lembrado por todos nós, amantes dos games. É por isso que, hoje, em homenagem a essa magnífica e eterna fonte de divertimento caseiro, escrevo sobre um dos seus mais fantásticos e inovadores jogos: Ico.
Ico é um jogo ao estilo ação-aventura, lançado em 2001 pela Sony Computer Entertainment, somente para o Ps2. Já sei o que estás pensando: "vou parar de ler por aqui essa merda, esses jogos do início do Ps2 são quase todos horríveis...". Bom, aqui está uma excessão.
O que dizer de Ico? Ico é simples. Nome simples, história simples, personagens simples, objetivo simples, jogabilidade simples. Não espere subidas de nível, dinheiro, golpes altamente luminosos e destrutivos, milhões de combos, etc. Não espere nem muito diálogo. Antes que pergunte "qual a graça do jogo então?", digo-te que é exatamente isso: a simplicidade, a falta de informações, o minimalismo. Ico é cru, artístico e genial. Ok, agora (que, com os elogios, provavelmente já tenho sua curiosidade e atenção) vou falar o que realmente é o jogo.
Em Ico, tu é um gurizinho com chifres, que foi levado a um imenso e labiríntico castelo, para provavelmente ser sacrificado, devido à sua anomalia na cabeça. Tu encontras uma estranha moça, que não te entende e não fala nada na tua língua. Ela só conhece um tipo de linguagem ancestral, e a única coisa que ela consegue entender é quando tu está chamando ela para perto de ti, talvez pelo teu tom de voz ou sei lá.
A partir daí, tu deve correr pelas várias salas, corredores, pátios, escadas, pontes e diversos outros lugares do grande castelo puxando-a pela mão, até achar uma saída. Por que tu deve levá-la? Porque é ela quem consegue abrir os milhões de portões magicamente selados encontrados pelo caminho.
Há diversos enigmas, quebra-cabeças a serem resolvidos. A cada portão atravessado, cada ambiente novo, é preciso raciocínio para proceder corretamente e liberar o caminho para avançar. Puxar alavancas, escalar, subir e descer escadas, subir e balançar em cordas ou correntes, pular, mover caixas, cortar cordas, explodir coisas e pressionar botões no chão são atividades rotineiras.
Para dificultar um pouco, essa menina é lenta e incapaz de subir ou pular obstáculos sozinha, necessitando a toda hora da ajuda do guri, ou seja, tu. E, o mais estranho: ela é constantemente caçada por seres monstruosos, aos quais eu, particularmente, denomino sombras, já que são feitos somente de uma misteriosa matéria escura.
São todos muito chatos. Alguns são pequenos e rápidos, outros são mais corpulentos e resistentes, outros voam... Para espantá-los e desintegrá-los, tu usará a arma disponível no momento. Normalmente um pedaço de pau, às vezes um com fogo, às vezes uma espada.
Quando a moça é capturada por um dos mostros, é levada para um canto do lugar onde apareceram as criaturas, e o tal mosntro começa a adentrar o solo, arrastando-a junto para dentro. Nesse momento tu deve puxá-la de volta à superfície, com as outras pestes te empurrando e atrapalhando, e antes que ela suma completamente, ou, por algum motivo que nem desconfio, virarás pedra e será game over! A parte mais irritante é que eles surgirão várias vezes quando tu deixaste a menina esperando sozinha em algum outro canto do castelo até que tu encontre um modo de seguir adiante. Aí tu tens que voltar correndo para tentar salvá-la.
Pronto, já sabes o que é Ico! Simples assim!
Mas obviamente, não são só os desafios, monstros-sombras e a correria os únicos destaques deste jogo. Ico é maravilhoso em muitos aspectos.
Um deles é, sem dúvida, o design do castelo. É perfeito! Grandioso, enigmático e belo. Quando passas pelos lugares, muitas vezes tu consegue enxergar uma área ainda não acessível, e ficas imaginando: "Ah, provavelmente passarei por ali em breve..." O que, de fato, acontece, e daí tu pensa: "Sabia!" E é muito interessante voltar a um local, só que passando por outro caminho, e aí tu vê o caminho que havia usado antes, sob outro ponto de vista, e fica lembrando dos momentos anteriores do jogo... Muito legal!

Próxima parte: proximos aspectos, detalhes interessantes e conclusão final sobre Ico! Aguardem!

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