terça-feira, 17 de março de 2009

Games memoráveis do Ps2: Ico - Parte 2

Ok, vamos para a parte final da análise de Ico.
Deixa eu ver... Já falamos dos personagens, estilo do jogo, desafios, do castelo...
Ah! Falemos agora dos detalhes estéticos.
A movimentação dos personagens. Não sei definir por que, mas quando usei o analógico para movimentar o garoto de chifres pela primeira vez, achei meio estranho. Sei lá, talvez pelo jeito que ela corra.
Outra coisa é o pulo dele. Isso sim é esquisito. Quando tu aperta o botão, ele dá um pulão muito repentino; parece que não há um momento de transição no qual ele flexiona os joelhos de forma a conseguir impulso para o salto. E se há, é por um intervalo de tempo tão pequeno que não faz diferença. É como se os movimentos de corrida e salto não fossem conectados, entende? Tá correndo e, do nada, já tá no ar. E como é que ele consegue saltar aquela distância toda sem um mínimo de impulso? Muito louco!
E para pular em cordas e correntes... Que merda! Se tu correres na direção da corda e pulares, é quase certo o fracasso. Tu tem que se posicionar bem embaixo da maldita corda, e aí sim pular (e mesmo assim às vezes tu ainda erra).
Bom, fora essas pequenas, mas dificilmente irritantes imperfeições, tudo é muito bom.
Há um botão que, quando tu está longe da menina, pode ser pressionado para que tu dê um grito para chamá-la para onde tu está. Se for mantido pressionado, a câmera se desloca na direção da moça, permitindo a verificação de possíveis sombras tentando agarrá-la. Quando tu está perto dela, tu pode agarrá-la pela mão. Dessa forma, tu pode correr e puxá-la para que corra também. É interessante a vibração do controle quando tu, a partir do repouso, começa a correr bruscamente de mãos dadas com ela. Realmente dá uma sensação de estar puxando com força a pessoa, hehe.
Outra parte legal é quando tu tens que subir plataformas, muros, etc ou pular de algum lugar com ela. Primeiro tu sobe ou pula, e depois, se pressionar aquele mesmo botão, chamando-a, tu estende a mão para ajudá-la. No caso da subida, ela agarra tua mão para que tu a puxe. No caso de um salto, ela aproxima-se hesitante da borda do lugar, avalia a distância, aí pula e agarra e tua mão, e depois tu a puxa para cima. Quando tive que fazer isso pela primeira vez, achei muito legal!
A câmera. Ela é meio-automática. Como assim? Ela se movimenta sozinha, de acordo com o movimento do personagem e com o cenário (como em God of War), mas há a possibilidade de virá-la com o analógico direito, para tentar procurar uma porta ou ver o que há adiante, por exemplo. Mas ela não se matém atrás do personagem quando isso é feito, ela simplesmente vai para a direção desejada, mostrando somente o cenário. Também há um botão que permite um "close", nos casos em que ela se posiciona muito distante da dupla. Em geral a câmera não gera nenhum incômodo.
Gráficos. São surpreendentes! Como se trata de um game de início de geração, o que se espera são gráficos medianos e "quadrados", devido à falta de experiência e de conhecimento do potencial do Ps2 por parte dos desenvolvedores. Mas isso não acontece aqui! Os cenários e vídeos são muito belos e bem projetados. Mais um ponto para Ico!Música e efeitos sonoros. Dessa parte não me recordo muito bem, pois faz tempo que não jogo. Mas me lembro de um Ico bem silencioso. Vários lugares não são animados com música, e por isso fazem com que se ouça somente os sons ambientes, como o vento, uma ave ou uma cachoeira. Em alguns momentos isso dá uma sensação de tranquilidade, mas em outros somos tomados de apreensão e solidão. Quando tu é atacado pelas sombras, começa uma música estranha e tensa, algo que não se pode dizer agradável, mas também não chega a irritar. Entretanto, uma vez que a música pára quando todos os inimigos são derrotados, é aliviante voltar ao silêncio do castelo.
Irmão mais velho. Ico pode ser chamado de o "irmão mais velho" de outro jogaço obrigatório para quem tem um Ps2: Shadow of the Colossus. Os dois foram feitos pela mesma equipe e seguem um estilo muito semelhante. Arrisco dizer que o segundo possa até ser uma sequência do primeiro, algo como uma história paralela no mesmo mundo, embora não haja nada que comprove isso.
Realmente são muito parecidos: lugares imensos e "limpos", desabitados; inimigos estranhos; história protagonizada por um casal; a parte gráfica, entre outros detalhes.
Acho que é isso. Se eu lembrar de alguma outra coisa que deveria ser citada, atualizo o post.
É de certo modo "arriscado eu fazer uma conclusão, porque - podem me xingar - eu ainda não terminei o jogo! O meu CD (sim, Ico é em CD) está ruim e eu travei na última parte do game, no confronto final! Não é uma bosta? Desde então tenho tentado conseguir uma outra versão em NTSC de Ico na internet, porque na minha TV velha os jogos em PAL ficavam em preto e branco... Mas agora, com um novo televisor na sala, que aceita tudo hehe, vou pegar o jogo e terminar!
Porém, não creio que o final seja tão ruim que tenha um peso maior na avaliação do jogo do que todo o resto; nem espero que seja ruim, muito pelo contrário. Então, só me resta reafirmar o que eu já havia dito tanto início como no decorrer de toda a análise: Ico é original, belo, cativante, divertido e simples. Por que Tetris fez tanto sucesso e é jogado até hoje, sendo inclusive considerado em algumas listas como um dos maiores jogos da história? Porque é simples e viciante! Assim como Ico.
Talvez nem todo mundo goste disso; de fato, Ico não agrada a todos. Mas não deixe de dar uma conferida, que seja, e veja se faz o seu tipo. Eu achei fantástico!

Nenhum comentário: