sexta-feira, 10 de abril de 2009

O prazer do ouvido

Do Aurélio:
Música - 1. Arte e ciência de combinar os sons de modo agradável ao ouvido.
Musical - 1. Da, ou próprio da música. 2. Agradável ao ouvido; harmonioso.
Melodia - 1. Sucessão rítmica de sons simples, a intervalos diferentes, e com certo sentido musical. 2. Música agradável, com as carcterísticas da melodia (1).

Decidi que hoje eu falaria sobre música, mas logo percebi que o assunto é tão amplo que mal sei por onde começar. Foi por isso que, antes de tudo, escrevi essas definições aí, do meu minidicionário. E são de grande ajuda, já que só com isso, já me é possível discutir algumas coisas.

Música é arte? Certamente. E muito mais. É usada como forma de expressão: pode-se transmitir através dela os sentimentos mais profundos da alma, sejam eles bons ou ruins. Podemos falar através dela, passar uma mensagem a alguém, ou a todos, ou mesmo influenciá-los. Podemos reclamar, protestar, gritar, xingar, odiar, agradecer, animar e amar com a música.

É forma de entretenimento. Quando não temos nada para fazer, colocamos o fone e viajamos, nos desligamos um pouco do mundo (ou não). É uma forma de relaxar, se aliviar, se acalmar quando estamos estressados e cansados. Ela nos agita, diverte e alegra nos momentos tristes, e também nos felizes, para ficarmos melhores ainda. Ela nos ensina, certas vezes. Nos estraga, tantas outras. A música faz nos sentirmos vivos, é um colorido aos ouvidos e à mente.

A música move o mundo. Faz girar um capital de bilhões, todos os anos, em tudo que é canto. Pode levar multidões ao delírio, ou ao desgosto. Enriquece os talentosos, inspira os nem tanto.

E, veja só, até tratamento e cura a música é. Musicoterapia, quem nunca ouviu falar?

Mas será que música deve necessariamente ser agradável? Não é simplesmente arte? Nem toda arte é agradável. E o que é agrádavel? O que o meu ouvido acha bonito continuará bonito para o ouvido de outro? Pode ser que sim, mas provavelmente não.

Claro, cada um tem sua própria definição de música, tem sua própria personalidade, e assim, tem suas preferências quanto aos inumeráveis tipos de música existentes.

Minha definição de música não difere muito da do Aurélio; só é um pouco menos generalizada. Ela não precisa ser 100% agradável, mas basta que, em troca da porcentagem perdida, ofereça alguma coisa instigante, ou útil. Se a mistura de sons desconforta o ouvido nos primeiros instantes, pelo menos tem que ser exótica o suficiente para causar curiosidade, interesse. Ou ela deve mexer, de alguma forma, com os sentimentos. Seja pela letra bela, porque lembra de certo acontecimento, ou por qualquer outro motivo. Porque nos faz refletir, nos anima, nos faz ficarmos indignados, etc.

Estou sem saco para escrever mais hoje. Continuo amanhã, talvez. Falarei um pouco mais dos usos da música: a música como expressão de emoções verdadeiras vs. música como forma de lucro, etc. Até lá.

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