sexta-feira, 17 de abril de 2009

Texto chato sobre alguém que escreve textos chatos

Nossa, como eu escrevo demais. Quando rolei aquele botão redondo do meio no mouse - cuja denominação mais precisa, se existe, me foge no momento - para "descer" a página, me deparei com todos aqueles posts, imensos em sua maioria, alguns até mesmo sem nenhuma foto para amenizar o trabalho exaustivo da leitura. Nossa, qual é o meu problema? Pensei que poderia ser a ainda presente excitação de escrever num blog ainda novo, de poucos meses de vida.

Mas antes disso, acho que é por outro motivo: uma tremenda necessidade de comunicação de minha parte. E, analisando meus próprios posts, ela é de fácil percepção. Basta ver como tenho falado bastante de mim e dos meus pensamentos, nos posts mais recentes. Talvez para suprir, compensar minhas "deficiências sociais" no mundo concreto e palpável.

É fato que não sou de muita conversa na vida real. Sei lá, frente à grande parte das pessoas, parece que há um bloqueio que me impede ou me retarda para pensar em coisas interessantes para dizer. E quando surge algo para dizer, seja de mim ou de quem me tem os ouvidos, não comento tanto, sou sucinto. Penso muito mais do que falo. Meço as palavras, e às vezes, por receio de alguma reprovação ou reação estranha, prefiro o "Aham..." ou o silêncio.

E quando escrevo, o bloqueio desaparece. Não sei ao certo ainda o porquê disso acontecer, mas acho que as razões principais são duas. Primeiro porque a internet dá uma sensação de anonimato, mesmo que no meu caso seja falsa, pois divulguei o endereço do blog à maioria dos conhecidos. E porque eu tenho um tempo e tranquilidade maior para pensar no que vou dizer, não tenho que dar uma resposta de bate-pronto.

E é muito legal perceber a diferença entre o Giovanni que escreve no blog e o Giovanni normal. Nem pareço o mesmo, hehe. E acho que eu levaria jeito para a Psicologia. Estou ficando bom para análises comportamentais.

Outra coisa: como eu escrevo merda também. Claro, quanto mais se escreve, maiores as chances de sair besteira. Quando releio algumas coisas que escrevi, às vezes penso em como posso ter pensado e escrito aquilo no outro dia e tal...

Acho que isso decorre de outra idéia na qual acredito: nunca somos, hoje, a mesma pessoa de ontem; estamos sempre em constante mudança. Mesmo que seja sutil, ela existe. Só que de vez em quando surpreendo a mim mesmo, devido à rapidez com que se deu a mudança de opinião, e ao me perguntar como posso ter sido o cara que disse tal coisa a somente semanas ou dias atrás.

Estou bem hesitante para postar esse texto, já que os últimos dois ou três foram igualmente chatos e pesados: eu falando sem parar sobre o que eu acho disso e daquilo. E o próximo, caso seja a parte 3 de "O prazer do ouvido", não fugirá desse estilo. Ah, mas foda-se, agora que já escrevi tudo isso mesmo. Admito que estou meio sem vida nos últimos dias, então não há muito assunto novo, por enquanto só as viagens da minha mente. Quem quiser ler, que leia.

Se ainda possuo algum leitor "regular", aguarde. Logo logo surgirão novidades. ;D

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